Teimosia ou convicção?

Centroavante colombiano vem caindo de produção com Valência ao seu lado. FOTO: Ricardo Duarte

 

A partida entre Inter e México foi muito mais do que apenas um jogo festivo ou primeiro teste da temporada 2025. É claro que para o torcedor a ideia era observar de perto a primeira aparição do elenco, o lançamento do novo uniforme e matar a saudade do Beira-Rio lotado. Por outro lado, vimos um Inter com problemas defensivos e a insistência numa dupla de ataque que já não deu certo em 2024 e tem tudo para não dar em 25.

A formatação tática do colorado com dois pontas e um meia articulador deu muito certo nos 16 jogos de invencibilidade no último brasileirão, porém, Roger entende que os clubes aprenderam a marcar o colorado e que novas estratégias precisam ser traçadas. Mas, Borré e Valência conseguem jogar juntos? o Inter sabe se portar com dois centroavantes? São perguntas que não foram respondidas no passado e que em 25 me parece ficar mais óbvia a resposta.

O time tem uma característica de utilizar a velocidade, troca de passes e o poder de finalização. Este é o modelo ideal do Roger, com Wesley, Alan Patríck, Tabata e Borré. Por outro lado, com o equatoriano e colombiano juntos, o time perde no coletivo, na construção das jogadas e o melhor de ambos os atletas. Ainda é cedo para falar sobre o que pode ocorrer no ano, mas pra mim ficou muito claro que quando ambos estão em campo o time perde qualidade e sua principal característica. O Inter não pode abrir mão do coletivo para testar individualidades. Hoje a realidade do Roger é ter que escolher entre um ou outro, pois os dois juntos prejudicam a equipe.