Inah Canabarro Lucas: A Gaúcha Centenária que Conquistou o Mundo se Despede aos 116 Anos

Créditos: Carlos Macedo / LongeviQuest

Porto Alegre se despede de uma figura notável: Inah Canabarro Lucas, a gaúcha que, aos 116 anos, era considerada a pessoa mais velha do mundo. Ela faleceu na última quarta-feira (30), na Congregação Irmãs Teresianas do Brasil, onde residia em Porto Alegre. A notícia de sua partida, divulgada por familiares, atribui a causa da morte à sua avançada idade.

Nascida em 8 de junho de 1908, em São Francisco de Assis, no coração do Rio Grande do Sul, Inah Canabarro Lucas personificou a longevidade e a história viva do século XX e XXI. Segundo o Guinness World Records, a organização que certifica recordes mundiais, Inah era possivelmente a última pessoa viva a ter nascido naquele ano marcante.

Sua trajetória de vida começou em uma numerosa família, ao lado de seus seis irmãos. Aos 16 anos, Inah trilhou um caminho de dedicação e fé, ingressando no internato Santa Tereza de Jesus, em Santana do Livramento, na fronteira oeste do Rio Grande do Sul. Esse foi o início de sua jornada religiosa, que a acompanhou por grande parte de sua vida.

A serenidade e o bom humor marcaram a personalidade de Inah. Em 1º de outubro de 2024, durante as celebrações do Dia do Idoso, ela demonstrou sua leveza ao ser questionada sobre sua idade. Com um sorriso, respondeu: “Poucos anos. 116”. Essa resposta espontânea e bem-humorada ecoou, revelando a maneira como ela encarava a vida e a passagem do tempo.

A Congregação Irmãs Teresianas do Brasil, em Porto Alegre, foi seu lar nos últimos anos, um lugar de acolhimento e cuidado onde viveu seus dias com tranquilidade. Sua presença era um testemunho vivo de resiliência e história para todos que a conheciam.

Com a partida de Inah Canabarro Lucas, o título de pessoa mais velha do mundo passa agora para a britânica Ethel Caterham, que nasceu em 21 de agosto de 1909 e atualmente tem 115 anos.

A história de Inah Canabarro Lucas transcende a simples contagem de anos. Sua vida, desde o interior do Rio Grande do Sul até se tornar a pessoa mais velha do planeta, é um legado de vivacidade, fé e uma notável jornada através da história. Sua memória permanecerá como um farol de longevidade e um exemplo de como viver cada etapa da vida com graça e bom humor.

Marcello Guerra

Marcello Guerra

Sou um Santamariense apaixonado por comunicação, buscando espaço na grande capital. Colorado, pai e sonhador, não tenho medo de novos desafios, na verdade, sou movido por eles.