Quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Três em cada dez estabelecimentos em áreas que foram inundadas seguem operando abaixo do normal, aponta governo do RS

Cerca de três em cada dez estabelecimentos localizados em áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul ainda operam abaixo da normalidade. A informação está na sexta edição do Boletim Econômico-Tributário da Receita Estadual, divulgada na última sexta-feira (28). O relatório detalha os impactos das enchentes sobre a atividade econômica dos contribuintes do ICMS no estado.

De acordo com o levantamento, o impacto nas atividades comerciais é semelhante tanto para empresas do Regime Geral, de maior porte, quanto para aquelas do Simples Nacional, que abrangem micro e pequenas empresas.

Dados do Regime Geral

Entre os 3.307 estabelecimentos do Regime Geral localizados nas áreas inundadas, 650 (20%) apresentaram um nível de atividade inferior a 30% da média normal no período de 19 a 26 de junho. Além disso, 7% das empresas operaram entre 30% e 70% da normalidade, enquanto 73% mantiveram atividades dentro do padrão habitual. Desde o período crítico de 8 a 14 de maio, quando apenas 32% dos estabelecimentos operavam normalmente, tem sido observado um crescimento constante na recuperação dos níveis de atividade.

Situação do Simples Nacional

Para os 5.107 estabelecimentos do Simples Nacional nas áreas afetadas, 1.219 (24%) operam atualmente com nível baixo de atividade. Apenas 3% estão em nível médio e 73% mantêm atividades normais. A recuperação também é perceptível entre essas empresas, que durante o auge da crise apresentavam apenas 36% de normalidade.

Análise das Operações Econômicas

A análise da Receita Estadual sobre o valor das operações das empresas nas regiões inundadas aponta uma queda significativa. As vendas para consumidores finais diminuíram 26%, enquanto as vendas entre empresas caíram 27%, comparando a média dos últimos sete dias com o período anterior às enchentes. No pior momento da crise, essas reduções foram de 83% e 79%, respectivamente.

Além disso, o número de empresas emitindo notas fiscais nas áreas afetadas também diminuiu. Houve uma redução de 35% nas empresas vendendo para consumidores finais e de 16% naquelas emitindo notas para outras empresas.