O caminho se tornou difícil

Time tem entrado desligado nos últimos jogos do Brasileirão. FOTO: Ricardo Duarte

Se até ontem o torcedor colorado comemorava a liderança do grupo na Libertadores, o sorteio das oitavas tratou de esfriar os ânimos. O Inter terá pela frente o Flamengo — adversário duríssimo, experiente em mata-mata e que vive um momento mais estável. O confronto, além de representar o maior desafio da competição até agora, escancara as incertezas da equipe comandada por Roger Machado. Oscilando na temporada e cercado por situações que irritam a torcida, o Colorado terá que superar não só o rival, mas também seus próprios fantasmas em 2025.

O calendário apertado, a sequência intensa de jogos e o Departamento Médico lotado — com 11 jogadores lesionados — são desafios que o técnico Roger Machado precisa enfrentar no Internacional. A vitória nem sempre vem apenas com a bola rolando; em momentos como este, paciência, planejamento e uma gestão eficiente do grupo são tão importantes quanto o desempenho em campo.

Cabe ao comandante saber lidar com as adversidades e administrar melhor a forma como o time encara seus desafios. Em copas, o Inter mostra uma postura; no Brasileirão, outra completamente diferente. Isso não pode continuar — e o torcedor tem razão em cobrar. Um elenco que custa mais de 15 milhões de reais por mês não pode escolher quais jogos vai levar a sério e quais vai tratar com descaso. Roger Machado precisa bater na porta do vestiário e aplicar um choque de realidade nesse grupo. Se o Inter quiser realmente brigar por algo na temporada, esse despertar precisa acontecer agora.