A atmosfera da Libertadores toma conta da noite desta quinta-feira. Meus olhos estarão grudados na tela, acompanhando o duelo entre o aguerrido Nacional do Uruguai e o Internacional de Porto Alegre, no sempre imponente Gran Parque Central. Um confronto que, para mim, já nasce com cara de empate, um 1 a 1 sofrido e disputado.
O Nacional chega a este jogo com 4 pontos, buscando fazer valer a força da sua casa e a tradição copeira uruguaia. Sabemos da dificuldade de jogar em Montevidéu, da catimba e da entrega que eles impõem. Do outro lado, o Inter desembarca no Uruguai com 5 pontos, sedento por somar pontos importantes fora de casa para encaminhar a classificação no grupo.
A expectativa é de um jogo truncado, com o Nacional fechado na defesa, explorando os contra-ataques e a pressão da sua torcida. O Inter, sob o comando de Roger Machado, certamente buscará ter a posse de bola, controlar o ritmo da partida e encontrar espaços na defesa uruguaia. Mas é aí que reside a minha primeira grande dúvida para hoje: qual será a estratégia de Roger para o meio-campo?
A titularidade de Thiago Maia ou Tabata me intriga. Maia oferece uma solidez defensiva maior, um primeiro passe mais seguro e uma capacidade de marcação que pode ser crucial em um jogo como este. Já Tabata traz um toque de criatividade, uma capacidade de infiltração e um último passe que podem fazer a diferença no ataque. A escolha entre um ou outro ditará muito a dinâmica do nosso meio-campo.
E não para por aí. Outra questão que me martela a cabeça é a possibilidade de Roger Machado optar por um esquema com três volantes. Em um ambiente hostil como o Gran Parque Central, reforçar a marcação no setor central pode ser uma estratégia inteligente para neutralizar as investidas do Nacional e dar mais segurança à nossa defesa. No entanto, essa escolha poderia sacrificar um jogador de frente, diminuindo o nosso poder ofensivo.
Para mim, o jogo de hoje tem todos os ingredientes para terminar empatado em 1 a 1. Acredito que o Nacional, jogando em casa, encontrará um gol, empurrado pela sua torcida. Mas confio na qualidade do nosso ataque para buscar o empate, mesmo diante da forte marcação uruguaia. Será um gol suado, talvez em uma jogada individual ou em uma bola parada.
A grande chave para o Inter sair com um bom resultado de Montevidéu passa pelas escolhas de Roger Machado no meio-campo. A decisão entre Thiago Maia e Tabata, e a possível utilização de um terceiro volante, serão determinantes para o controle do jogo e a nossa capacidade de furar a defesa do Nacional. Que a bola role e que possamos ver um bom jogo entre esses Gigantes da América do Sul!
Texto: Henrique Pereira – Comentarista
