
O Inter campeão gaúcho vinha sobrando em campo, utilizando força máxima em boa parte dos jogos e se adaptando bem às ausências por lesão ou suspensão. A consistência tática era um trunfo. No entanto, no Gre-Nal, o time colorado foi surpreendido pela postura do Grêmio. Coudet não esperava que Fernando e Alan Patrick fossem tão bem marcados, o que deixou o time sem saída de bola e engessado na criação. O Inter, acostumado a controlar os jogos, se viu sem alternativas diante de um adversário mais intenso e concentrado.
Não é a primeira vez que Roger se vê diante dessa dificuldade à frente do Colorado. A marcação sobre Fernando e Alan Patrick já havia funcionado contra o Atlético Nacional e também diante do Palmeiras, quando o time teve sérias dificuldades para criar oportunidades claras de gol. O comandante do Inter precisa encontrar alternativas — e entender que nem sempre a bola precisa, obrigatoriamente, passar por esses dois jogadores para que o time funcione.
A entrada de Tábata e Gabriel Carvalho fez o Inter evoluir, justamente por oferecer mais poder de criação. Com eles em campo, a bola passou a girar com mais qualidade, e Enner Valencia começou a ser melhor abastecido. O time cresceu e passou a levar mais dificuldades ao adversário, mostrando que ter mais jogadores com capacidade de pensar o jogo faz diferença. Agora, Roger precisa tirar mais coelhos da cartola — e provar que o time não é estático nem previsível.