Domingo, 6 de outubro de 2024

Dia 20 sem guerra: A importância do feriado para o tradicionalismo

Foto: Giulian Serafim/PMPA

Para quem vive no estado do Rio Grande do Sul, o 20 de setembro representa muito mais do que apenas uma data no calendário; ele é um fragmento vivo da história que permeia o cotidiano dos gaúchos desde 1835. Esse dia carrega consigo o peso de uma revolução que, mesmo não tendo sido vitoriosa, deixou um legado profundo e indelével na cultura sul-rio-grandense.

Quem conversou com a nossa reportagem foi Pirisca Grecco. Cantor e compositor, nosso gentil se identifica primeiramente como gaúcho. Pirisca leva nos versos e nas canções o orgulho que aprendeu desde pequeno em Uruguaiana. A fronteira com a Argentina e o Uruguai, nossos irmãos gaúchos, só existe na teoria, “A cultura, a música e a arte gaúcha nos aproxima, não usa o Rio Uruguai como uma divisa, mas sim como um elo de ligação.” Dessa forma, Pirisca reforça a ideia de que, apesar das fronteiras geográficas, o espírito gaúcho transcende os limites territoriais.

Com a chegada de setembro, é quase uma obrigação dos jornalistas gaúchos revisitarem os eventos de 1835 para lembrar que, embora a guerra não tenha sido vencida, existe um sentimento de pertencimento que permanece inabalável. Esse amor pela terra é tão forte que, nem as adversidades nos tirarão daqui.

Pirisca entende a importância de saber conhecer o significado das batalhas do nosso povo e a harmonia que vivemos atualmente. “Somos uma geração após batalhas, que vive em paz. Cabe a nós, cultivarmos cada vez mais esse tempo de paz” observou com sabedoria.

Em suas palavras finais, Pirisca deixou uma reflexão que ecoa profundamente: “Que continuemos todos gaúchos, continuemos cultivando nossas raízes e costumes. Se folclore é o estudo dos costumes de um povo, que nós possamos exercer o nosso papel de SER POVO, para, quem sabe, amanhã ou depois, sermos estudados.”

Portanto, ao compreender essas palavras, fica claro que ser gaúcho é mais do que ser Riograndense, mais do que nascer abaixo de Santa Catarina e tomar chimarrão, o povo gaúcho tem tradições que passam de pai para filho. Semeando mais do que apenas nosso fértil solo, um futuro que é construído por cada um de nós.

Josué Silveira

Josué Silveira

Jornalista, amante dos Sports americanos e "sofredor" do Indianápolis Colts,. Produtor audiovisual de esportes e entretenimento. Engraçadinho nas horas vagas