O Brasil caiu duas posições no ranking mundial de competitividade da Escola de Negócios suíça IMD, agora ocupando a 62ª posição entre 67 países. À frente apenas de Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela, o país enfrenta um cenário preocupante que exige medidas urgentes para evitar um retrocesso ainda maior.
A queda reflete uma série de problemas estruturais. A carga tributária elevada é um dos principais obstáculos. Um sistema tributário complexo e oneroso desestimula empresas e investidores. É essencial uma reforma tributária para simplificar o sistema, reduzir a carga de impostos e eliminar tributações cumulativas, embora ainda não haja certeza de que a reforma garantirá simplificação e justiça tributária. No entanto, a inclusão do princípio constitucional da Cooperação Tributária gera uma grande expectativa na linha da liberdade econômica e pode melhorar nossa colocação em rankings como este.
Além disso, a burocracia ganhou espaço com o perfil do novo governo, priorizando processos administrativos lentos e complicados. A desburocratização é crucial, agilizando e simplificando os processos administrativos para criar um ambiente regulatório mais claro e eficiente. Estávamos neste caminho e precisamos manter o rumo.
Outro desafio significativo é a infraestrutura deficiente. A falta de investimentos adequados em infraestrutura logística e digital limita o crescimento econômico. Investimentos em infraestrutura são fundamentais, especialmente em transporte e tecnologia, para melhorar a eficiência econômica.
A educação de baixa qualidade também impacta negativamente, pois a deficiência no sistema educacional afeta a formação de uma mão de obra qualificada. É necessário investir na melhoria do sistema educacional com foco em inovação e tecnologia, além de programas de qualificação profissional para preparar uma mão de obra mais competitiva. Um País que não cuida do ensino infantil como prioridade coloca em risco todos os ciclos da formação.
Por fim, a insegurança jurídica, com instabilidade nas leis e regulamentos, gera um ambiente incerto para negócios. A segurança jurídica deve ser fortalecida, estabelecendo um ambiente regulatório estável e previsível para aumentar a confiança dos investidores.
A posição desfavorável do Brasil no ranking de competitividade do IMD é um alerta sério. É essencial que o País implemente reformas estruturais profundas e adote políticas eficazes para promover o crescimento econômico sustentável. Apenas com um esforço conjunto e coordenado será possível reverter essa tendência negativa e colocar o Brasil no caminho do desenvolvimento e da prosperidade.