
Nem a vitória aliviou: o ambiente na Arena segue tenso entre técnico, elenco e arquibancada. A vitória diante do Atlético Grau, longe de acalmar, acendeu o sinal de alerta sobre o desempenho. O Grêmio tem dificuldade em controlar o jogo, criar jogadas e ainda sofre contra adversários de menor expressão. A vitória escondeu pouco — o rendimento ainda é assunto sério.
As críticas vindas por parte da torcida refletem o desempenho dentro de campo. Por mais que Quinteros defenda a ideia de que o time “não joga bem, mas vence”, parece não entender o tamanho do Grêmio no cenário nacional. Isso, definitivamente, não é suficiente para o clube. O torcedor quer ver um time competitivo, que brigue pela bola e tenha qualidade para construí-la até o ataque.
O Grêmio trocou Renato, no fim do ano passado, exatamente por esse motivo: o time não rendia. Mas hoje, sob o comando de Quinteros, a equipe joga menos do que jogava antes. E isso é preocupante.
Até quando a direção vai insistir com ele à beira do campo? Quinteros defendeu a classificação na Copa do Brasil, mas esqueceu que ela veio nos pênaltis, depois de muito sufoco. Foi derrotado na Final do Gauchão sendo amassado dentro de casa. Na Sul-Americana, venceu adversários fracos sem convencer. No Brasileirão, venceu uma partida com sofrimento e perdeu a outra para um time que deve brigar contra o rebaixamento.
Não está mais do que na hora de sentar, refletir e perguntar: é isso que o torcedor do Grêmio merece? A verdade é que já passou da hora de agradecer os serviços prestados e buscar um novo rumo para a temporada.