O nome de Abelão deveria ser eternizado pelo torcedor colorado. Os feitos que ele conquistou à frente da Casa-Mata vermelha são de outra atmosfera. Em 2006, levou o Inter aos títulos da Libertadores e do Mundial. Em 2025, retornou para evitar o desastre do rebaixamento, salvando o clube justamente na última rodada. Abel é o maior treinador que já pisou no Beira-Rio e o colorado sabe disso.
Tudo, até poucos dias atrás, levava a crer que o rebaixamento seria inevitável. O time vinha em má fase, o vestiário estava em crise, parte da torcida já não acreditava e ainda era necessário contar com resultados paralelos no último jogo do ano. Mas, quando a bola decide ficar ao teu favor, tudo conspira junto.
O três a zero daquela tarde marcou, talvez, a melhor atuação do time em toda a temporada. Superior do início ao fim, o Inter jogou diante de uma verdadeira tempestade de sentimentos. O torcedor sorria, chorava, celebrava, entristecia e mudava de expressão conforme o cronômetro avançava. O clima era de angústia, esperança e tensão, tudo ao mesmo tempo.
Entretanto, nos minutos finais, não havia mais espaço para dúvidas ou medo: eram lágrimas de alegria, comemoração e a manutenção na Série A. Um desfecho que carrega a marca de Abel Braga, líder, símbolo e, para muitos, o maior treinador da história colorada.