Grêmio escapa, mas segue perdido

O campo deu a resposta, a gestão ainda não: Grêmio vence, mas continua sem saber qual rumo seguir. FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

A vitória do Grêmio diante do Palmeiras foi fundamental para alcançar o objetivo de permanecer na Série A em 2026. Entretanto, a pergunta que fica é: o que fazer nos dois últimos jogos? Ainda dá para brigar por Libertadores? É melhor carimbar uma vaga na Sul-Americana? Ou chegou a hora de colocar os meninos para jogar? Tudo isso faz parte de um processo de planejamento, justamente o ponto em que essa gestão me parece cada vez mais perdida.

O principal ponto é a troca de gestão, em um momento em que o diálogo entre os mandatários parece cada vez mais escasso. Dessa forma, a transição se torna ainda mais complexa, sobretudo quando nem sequer se sabe quem será o comandante da próxima temporada. Os dois últimos jogos refletem diretamente esse cenário: é neles que o Grêmio vai definir o que disputará em 2026: Libertadores, Sul-Americana ou apenas o cumprimento de tabela de uma temporada marcada pela instabilidade.

Sonhar com G8 é possível, mas ao mesmo tempo flerta com a ilusão. Seria quase brincar com o torcedor, porque o Grêmio esteve várias vezes próximo desse objetivo, mas nunca conseguiu concluir o caminho.

Dá até para dizer que, se o clube conquistar uma vaga na Libertadores, será uma classificação acidental, uma vaga “dolosa”: alcançada sem planejamento, sem intenção clara e muito menos por mérito de uma trajetória consistente.