Projetos preveem criação de 8,6 mil cargos e reforço na estrutura da educação pública

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira (14) duas mensagens encaminhadas ao Congresso Nacional com projetos voltados ao fortalecimento da educação pública. A principal proposta prevê a criação de 8,6 mil novos cargos de magistério superior e técnico-administrativo, ampliando de 21.204 para 29.804 o total de vagas disponíveis na área. Outro projeto cria um plano especial de cargos do Ministério da Educação (MEC), contemplando funções de níveis superior, intermediário e auxiliar.

Durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito Educativo, que reconheceu 262 personalidades, Lula afirmou que investir na formação de crianças e jovens é mais eficiente e menos custoso do que lidar com as consequências da exclusão social. Ele também criticou setores da elite por resistirem historicamente à democratização do acesso à educação.

O presidente destacou ainda que, mesmo com avanços, o Brasil permanece atrás de países como Argentina e Chile na proporção de jovens matriculados no ensino superior. Lula anunciou que, ainda este mês, devem ser oficializadas a Universidade dos Esportes e a Universidade Indígena.

Entre os homenageados pela Ordem do Mérito Educativo estavam nomes como Ailton Krenak, Ana Maria Gonçalves, Fernando Morais, Raduan Nassar, Cristine Takuá, Gil do Vigor e Felipe Neto. Em discurso emocionado, Gil relatou como políticas de inclusão transformaram sua trajetória e anunciou que ingressará no pós-doutorado na Universidade de Chicago.

O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou que a educação é o principal caminho para a transformação do país e destacou que a cerimônia integra as comemorações dos 95 anos do MEC. A Ordem Nacional do Mérito Educativo reconhece personalidades que contribuíram para o desenvolvimento do ensino brasileiro, em diferentes graus de condecoração.