RS apresenta projeto de rastreabilidade bovina e reforça sustentabilidade da pecuária na COP30

Foto: Igor de Almeida/Ascom Sema

Em um painel realizado nesta sexta-feira (14), durante a COP30, em Belém (PA), o governo do Rio Grande do Sul apresentou o avanço do projeto de rastreabilidade de bovinos e bubalinos, atualmente em fase piloto no Estado. A iniciativa, conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), foi debatida em evento promovido no espaço do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (Iica), na Agrizone.

O secretário-adjunto da Agricultura, Márcio Madalena, destacou que o Rio Grande do Sul é o único Estado brasileiro inserido totalmente no bioma Pampa, onde a pecuária se desenvolve de forma integrada ao ambiente. Segundo ele, a atividade é realizada sem devastação ou degradação da vegetação nativa, mantendo um equilíbrio que caracteriza a sustentabilidade do modelo gaúcho.

Madalena também ressaltou o esforço do governo estadual em antecipar os prazos do Plano Nacional de Rastreabilidade, previsto para ser concluído em 2032. Com a adoção plena do sistema, afirma, o Estado poderá conquistar uma posição ainda mais estratégica no mercado internacional de carnes, reforçando seus diferenciais sanitários e de qualidade.

Representando o setor produtivo, o vice-presidente da Farsul, Domingos Velho Lopes, enfatizou o compromisso da pecuária gaúcha com práticas sustentáveis e tecnologias de descarbonização, além dos avanços em pesquisa e rastreabilidade. Ele destacou a importância de valorizar o produtor e demonstrar a solidez do modelo do Pampa.

Para o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, a rastreabilidade representa um marco para a integração entre conservação ambiental e produção de alimentos seguros. Segundo ele, o avanço do Rio Grande do Sul no controle do rebanho evidencia não apenas a qualidade reconhecida da carne gaúcha, mas também a confiabilidade de todo o processo produtivo.