Dólar recua para R$ 5,35 em dia de expectativa pela decisão do Copom
O Ibovespa ultrapassou nesta segunda-feira (3) a marca dos 150 mil pontos pela primeira vez na história, consolidando um novo recorde no mercado financeiro brasileiro. O principal índice da B3 avançou 0,61%, encerrando o pregão aos 150.454 pontos. Já o dólar comercial recuou 0,42%, cotado a R$ 5,3574.
O resultado reflete o otimismo dos investidores e a expectativa em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, que será anunciada nesta quarta-feira (5). No cenário interno, o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central mostrou nova redução nas projeções de inflação para 2025, agora estimada em 4,55%, a sexta queda consecutiva.
Impasse nos Estados Unidos afeta o mercado
No exterior, o foco dos investidores segue voltado para o impasse orçamentário nos Estados Unidos, que mantém o governo parcialmente paralisado há 34 dias. A falta de acordo entre democratas e republicanos tem atrasado a divulgação de dados econômicos importantes, como o payroll (relatório de empregos) e o índice de preços ao consumidor (CPI).
A ausência desses indicadores deixa o mercado sem referências claras sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Mesmo assim, parte dos analistas ainda aposta em um corte de juros em dezembro, movimento que tende a favorecer economias emergentes como a brasileira.
Alguns dados privados foram divulgados nesta segunda-feira, como o PMI da indústria, medido pelo Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM), além de discursos de integrantes do Fed, Mary Daly e Lisa Cook, que reforçaram a necessidade de cautela no ritmo de cortes de juros.
Mudança no horário de pregão
Com o fim do horário de verão nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York passam a funcionar das 11h30 às 18h (horário de Brasília). A B3 ajustou seu expediente e agora encerra no mesmo horário. Os mercados de câmbio e juros, entretanto, continuam com o funcionamento habitual.
O novo recorde do Ibovespa reforça o momento de confiança gradual dos investidores na economia brasileira, impulsionado pela perspectiva de juros menores, controle da inflação e cenário externo ainda instável, mas com sinais de recuperação.

                                                                                            