Competitividade é só o primeiro passo para o Inter evoluir

Com velocidade e intensidade, Vitinho se firma como destaque na primeira vitória da era Ramon Díaz. Foto: Ricardo Duarte / Internacional

Ramon Díaz precisa dar uma nova cara ao Internacional. O comandante foi contratado com o objetivo de tirar o colorado da luta contra a parte de baixo da tabela e fazer o time apresentar um rendimento diferente do que Roger vinha protagonizando.

A partida contra o Botafogo alentou o coração da torcida, já que o time mostrou-se mais competitivo. No entanto, ser competitivo é o mínimo esperado para um clube do tamanho do Inter. É preciso mais: organização, intensidade e resultado. Ramon chega com a missão de transformar pequenas melhoras em evolução real dentro de campo.

A primeira tacada do treinador foi colocar Borré no banco e apostar em Vitinho ao lado de Carbonero. Com isso, o time ganhou mais força ofensiva, velocidade e capacidade de atacar a defesa adversária. A escolha mostrou que, sob o comando de Ramon, ninguém tem cadeira cativa. No futebol, joga quem estiver melhor  e esse recado, no Inter, já foi dado logo de início.

Agora, o desafio é manter o mesmo nível de entrega e ajustar o que ainda falta: consistência, equilíbrio e ambição. O Inter precisa parar de apenas reagir e voltar a impor seu jogo. Caso contrário, o discurso de reconstrução não passará de mais uma promessa num ano em que o torcedor já se acostumou a esperar mais do que realmente vê em campo.