Entre o apito e a omissão: o caos da arbitragem no Brasil

O jogo que a arbitragem insiste em manchar. FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

A arbitragem tem sido um problema recorrente para o Grêmio nesta temporada. No Brasileirão, o clube já apontou 15 erros que, segundo o departamento de futebol, prejudicaram diretamente o time em campo. O caso mais recente, e talvez o mais revoltante, aconteceu diante do Bragantino, com a expulsão equivocada de Kannemann e o pênalti marcado em cima do Marlon.

Mas o roteiro é velho. O Grêmio reclama, protocola na CBF, a entidade “reconhece o erro”, o árbitro é “afastado” e… nada muda. Nenhum ponto é devolvido, nenhuma injustiça é reparada. A punição vira apenas um gesto simbólico e o prejuízo esportivo segue na conta do clube.

O problema ultrapassa o campo das decisões pontuais. É estrutural. Falta profissionalização real, critérios unificados e, principalmente, responsabilidade. Enquanto a arbitragem brasileira continuar sendo tratada como um apêndice amador de um campeonato bilionário, erros seguirão sendo normalizados e desculpas continuarão sendo repetidas.

O Grêmio segue pagando caro por falhas que não são suas. E o que mais revolta é saber que, no fim, tudo acaba em nota oficial e silêncio. Enquanto a arbitragem não for levada a sério, o futebol brasileiro continuará perdendo e a justiça do jogo, também.