Hora de recomeçar…

Alan Patrick: liderança e responsabilidade para carregar o time na luta por recuperação no Brasileirão. FOTO: Ricardo Duarte


A derrota no clássico levou o Internacional a mudanças radicais no departamento de futebol. O presidente Alessandro Barcellos optou pelo caminho mais prático: demitir a comissão técnica de Roger Machado. A decisão mostra que muitas vezes é mais fácil romper um trabalho do que assumir os erros acumulados ao longo da temporada.

O mandatário colorado caminha para o fim do seu mandato somando mais de oito treinadores diferentes em sua gestão, um retrato da instabilidade que marcou esses anos de comando.

Roger não fez um bom clássico. Muito pelo contrário: seu time apenas assistiu ao rival dominar a partida diante do próprio torcedor. Ainda assim, é fato que ele perdeu peças importantes e não recebeu reposições à altura. Demitir o treinador segue sendo a forma mais fácil de transferir responsabilidades, jogando no colo de terceiros problemas que pertencem à gestão.

A saída de Roger abre um ponto de interrogação no futuro colorado. Será que um novo comandante fará o time jogar bem? E até quando o clube seguirá repetindo o mesmo ciclo, trocando de treinador no meio de cada temporada?

Independente de quem assumir, a missão é clara: tirar o Internacional do limbo e transformar o Brasileirão em um campeonato de recuperação. A luta contra o rebaixamento, pouco admitida dentro do elenco colorado, precisa ser encarada de frente. A verdade é que, diante do cenário atual, essa pode ser a única saída possível para a temporada.