O voto de confiança que pode custar caro ao Grêmio

Entre a pressão e a esperança, Mano fica! FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

O presidente Alberto Guerra, no momento de maior pressão como mandatário, bancou a permanência de Mano Menezes até o fim da temporada. Talvez essa tenha sido sua última grande decisão à frente do clube e, sem dúvida, uma das mais importantes da sua gestão. Em meio a uma crise técnica e às dificuldades de encontrar bons resultados, o dirigente escolheu confiar no trabalho do treinador, apostando que Mano pode ser o nome capaz de conduzir o time na reta final do ano.

A manutenção de Mano Menezes representa a aposta em um trabalho que, no dia a dia, pode estar evoluindo, mesmo que a torcida e a imprensa não percebam dessa forma. O comandante entende a importância desse voto de confiança. Com a chegada de reforços, ele precisa do respaldo da direção para ajustar a equipe e conduzir o clube a uma fase de bons resultados. O Gre-Nal se apresenta como o momento decisivo, capaz de marcar a virada de chave que o time tanto necessita.

Mano Menezes tem a experiência necessária para lidar com a pressão e blindar o grupo na busca por melhorias. Entretanto, o tempo joga contra ele. A cada treino, o time parece render menos dentro de campo, o que acende um alerta em meio a um período sem evolução. A marca dos 45 pontos, que garante a segurança no campeonato, ainda não foi atingida e transforma cada rodada em uma necessidade urgente de vitória. Mano sabe que os resultados precisam aparecer de forma imediata. Resta a dúvida se a sua continuidade é, de fato, o que o Grêmio precisa neste momento. O que sustenta sua permanência é a confiança depositada pelo departamento de futebol.