
O Gre-Nal chega como um divisor de águas para o Grêmio. O time de Mano Menezes, pressionado pelos últimos resultados e pela falta de desempenho ofensivo, precisa encontrar alternativas para não repetir os mesmos erros.
A entrada de William como titular é a principal aposta. O meia tem qualidade técnica, visão de jogo e pode oferecer ao Grêmio uma transição mais qualificada entre defesa e ataque. Além disso, sua parceria com Cuéllar e Arthur tende a dar maior equilíbrio ao setor, fortalecendo a posse de bola e a circulação no meio-campo. É nesse ponto que a equipe pode ganhar fôlego e criatividade para surpreender o Inter no Beira-Rio.
Porém, há um contraponto evidente: William não é um definidor de jogadas. Ele organiza, aproxima e distribui, mas não resolve na frente. E justamente aí mora o problema gremista. Os atacantes atravessam um jejum preocupante, em fase técnica ruim e sem confiança para decidir. Isso aumenta ainda mais a pressão sobre o meia, que carrega a responsabilidade de articular, mas não tem como ser o finalizador.
Diante desse cenário, Mano Menezes precisa arriscar. O seu modelo de jogo, baseado em uma defesa sólida e um ataque mais reativo, já não tem dado as respostas necessárias. Um Gre-Nal exige mais. Exige ousadia. Exige algo diferente.
No fim, a máxima segue valendo: Gre-Nal é Gre-Nal. A frase por si só traduz a imprevisibilidade do clássico. Mas o Grêmio é obrigado a pensar fora da caixa. O “mais do mesmo” pode não ser suficiente nem para garantir Mano no cargo, tampouco para sair com os três pontos.