O governador Eduardo Leite inaugurou nesta quarta-feira (10/9) a obra histórica de readequação da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA), considerada por anos uma das piores unidades prisionais da América Latina. Com investimento de R$ 139 milhões, o projeto representa a maior entrega da história recente do sistema prisional do Rio Grande do Sul e marca uma transformação completa da antiga estrutura, construída em 1959.
A unidade ganhou 1.884 vagas distribuídas em nove módulos de vivência, projetadas para oferecer melhores condições de segurança, funcionalidade e dignidade aos internos. Entre as novidades, estão celas para pessoas com deficiência, construção em concreto de alto desempenho e um corredor que permite que agentes penitenciários operem as grades sem contato direto com os detentos. Além disso, uma rede de proteção impede o lançamento de materiais ilícitos por drones.
O governador Eduardo Leite ressaltou que a inauguração representa uma virada histórica para o sistema prisional gaúcho. “Por muitos anos, o Presídio Central simbolizou a falência do Estado. Hoje mostramos que viramos a página dessa história, oferecendo uma estrutura moderna, segura e humana”, afirmou.
O titular da Secretaria de Segurança Pública, Sandro Caron, destacou a importância da integração entre órgãos do Estado. “A segurança pública é construída nas ruas, mas também exige atuação firme dentro do sistema prisional”, declarou.
A modernização da CPPA faz parte de um investimento histórico no sistema prisional do RS, que desde 2019 recebeu mais de R$ 1,4 bilhão, incluindo obras, aquisição de tecnologias, equipamentos de segurança e viaturas. Até o fim de 2026, a expectativa é criar mais de 12 mil vagas em unidades penitenciárias do Estado.
A cerimônia contou com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais, além de representantes do governo e da imprensa. Após a solenidade, foi realizada uma visita guiada às novas instalações.
A obra reforça o compromisso do governo do Estado com segurança, infraestrutura e dignidade, mostrando que o Rio Grande do Sul é capaz de transformar um dos maiores desafios do passado em um marco de recomeço.
