Às vezes, é justamente quando a corda aperta no pescoço e a cobrança bate forte à porta que um time encontra forças onde até então não havia. É nesse cenário de pressão que muitos grupos superam limites e descobrem um novo fôlego para reagir. Mano Menezes, pressionado, escolheu o caminho mais simples — e ao mesmo tempo mais difícil: o diálogo. Longe das câmeras, em uma conversa trancada a sete chaves, apostou na franqueza com o elenco. Transparência, cobrança direta e postura. O resultado foi imediato: um grupo que parecia vacilante mostrou respostas dentro de campo.
Esse triunfo devolve confiança ao grupo e também representa uma virada de chave para o torcedor, que volta a acreditar em um elenco que vinha sofrendo e muito nos últimos dias. Além disso, a chegada de novos reforços faz a direção mirar objetivos mais altos: a briga pode ser pelo G-7, e não apenas pela fuga do Z-4. O retorno de Arthur, por exemplo, eleva o patamar do meio de campo e dá outra cara ao time.
Agora, cabe a Mano Menezes organizar as peças e fazer o time encaixar com Marcos Rocha, Balbuena, Arthur e, quem sabe, até o retorno de Marcelo Grohe. A conversa franca precisa seguir como pilar, fundamental para que tudo continue funcionando e fluindo dentro e fora de campo.