Quando 10 milhões não são suficientes

Guerra e Marques: união necessária para decidir o futuro do futebol do Grêmio. FOTO: ANGELO PIERETTI/GRÊMIO FBPA

O pré-candidato à presidência do Grêmio, Marcelo Marques, definiu que não seguirá a negociação com Roger Guedes. A tratativa esbarrou na falta de resposta do clube detentor dos direitos do jogador, o que acabou encerrando as conversas.

A recusa deixa cada vez mais evidente como o mercado da bola está inflacionado. Hoje, 10 milhões de euros parecem pouco para os grandes clubes do cenário internacional. O que é muito para uns, para outros soa como troco.

Deste modo, a criatividade obriga cada clube a buscar novas alternativas, já que trazer jogadores de alto nível se torna cada vez mais difícil. Mesmo com algum poderio financeiro, o Grêmio está longe de concorrer com Palmeiras e Flamengo, por exemplo. Agora, em uma situação delicada no Brasileirão e sem copas para disputar, o presidente Alberto Guerra e Marcelo Marques terão de chegar a um consenso e definir, com urgência, de que forma investir esse valor no departamento de futebol.

Mais do que definir nomes, o Grêmio precisa de um projeto claro e coerente. Investir por investir pode custar caro, ainda mais em um momento em que cada ponto no Brasileirão vale ouro. A torcida não quer promessas vazias ou anúncios de impacto apenas para gerar manchete; quer ver resultados em campo. Se Guerra e Marques não alinharem o discurso e a ação rapidamente, o tal “plano B” corre o risco de virar apenas mais um capítulo de frustração na temporada.