Ou acorda, ou cai

As broncas à beira do campo não tem surtido efeito FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

A derrota para o Sport tornou o ambiente insustentável para o técnico Mano Menezes. A relação entre direção, torcida e comandante está por um fio, pois os números e, principalmente, o rendimento mostram que a equipe vem de mal a pior. A cada rodada, o roteiro se repete e as cenas dentro de campo também, mudando apenas o nome dos adversários. Desta vez, não foi contra Palmeiras, Cruzeiro ou até mesmo a seleção brasileira, mas sim contra o lanterna da competição, um clube que ainda não havia vencido no Brasileirão.

A evolução que Mano Menezes prometeu ainda não aconteceu, e o futebol apresentado segue cada vez mais pobre. A torcida incentiva, comparece, empurra o time, mas os jogadores não correspondem. A culpa não recai apenas sobre o treinador, mas ele carrega uma boa parcela dessa responsabilidade, afinal, é ele quem define a escalação e as estratégias que, até agora, não surtiram efeito. A coletiva pós-jogo foi patética: Mano se limitou a respostas protocolares, transmitindo a nítida impressão de que não queria mais estar ali ou que estava completamente envergonhado. A direção segue oferecendo respaldo, mas fica a dúvida se ele realmente deseja esse apoio, já que parece não ter certeza se conseguirá continuar no comando.

Ou o Grêmio reage com Mano Menezes já na próxima rodada, ou estará apenas perdendo tempo  e, no futebol, tempo é fundamental. A equipe precisa somar pelo menos 25 pontos no segundo turno se quiser permanecer na Série A. Ainda há chances de escapar, mas é preciso acordar imediatamente, pois a sonolência pode custar caro. Já passou da hora de agir: seja contratando jogadores que realmente agreguem  e, para isso, será necessário investir  ou trocando o comando técnico. Do jeito que está, não pode ficar.