
Um vendaval considerado histórico pelos meteorologistas atingiu a região metropolitana de São Paulo e provocou uma cadeia de impactos no transporte aéreo em diferentes estados. Em Porto Alegre, ao menos 15 voos foram cancelados nesta quinta-feira (11) no Aeroporto Internacional Salgado Filho, segundo a Fraport, concessionária responsável pelo terminal.
As rajadas de vento foram as mais intensas já registradas na região sem a presença de chuva ou tempestades, cenário incomum para este tipo de fenômeno. Na quarta-feira, o Aeroporto de Congonhas chegou a medir ventos de 96,3 km/h, obrigando companhias aéreas a readequar operações e redirecionar aeronaves.
No Salgado Filho, oito partidas e sete chegadas foram suspensas. Entre os destinos afetados estavam Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis e principalmente São Paulo, tanto em Congonhas quanto Guarulhos. A situação provocou longas filas no saguão e aumento na demanda por informações. A orientação das empresas é que os passageiros acompanhem o status dos voos pelos canais oficiais.
A instabilidade atmosférica também repercutiu no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul. A Azul cancelou um voo para Campinas devido ao fenômeno de windshear, uma mudança brusca na direção do vento que representa risco às aeronaves. A Gol também suspendeu uma operação por conta do mau tempo em Congonhas, enquanto a Latam registrou atraso.
Segundo o diretor do terminal, Cleberson Rubinei Babetzki, o tempo permaneceu instável durante todo o dia na Serra Gaúcha. Ele reforçou que decisões sobre cancelamentos e atrasos seguem critérios rigorosos de segurança definidos pelas companhias aéreas.
O vendaval que afetou os aeroportos deve continuar sendo monitorado pelas autoridades aeronáuticas, devido ao potencial de novas alterações na malha aérea, especialmente em voos envolvendo o Sudeste.
