Um temporal de forte intensidade atingiu diversas regiões do Rio Grande do Sul no fim da tarde desta segunda-feira (8), deixando um rastro de estragos em ao menos dez municípios, segundo a Defesa Civil estadual. A chuva veio acompanhada de ventos fortes e provocou os maiores prejuízos na Serra, onde comunidades registraram destelhamentos e queda de árvores.
Em Flores da Cunha, uma das cidades mais afetadas, 43 residências sofreram danos, além da igreja da comunidade, uma Unidade Básica de Saúde, uma escola e estabelecimentos comerciais no Travessão Alfredo Chaves. Apesar dos estragos, a prefeitura informou que não houve feridos. O prefeito César Ulian pediu que moradores permaneçam em segurança: “É momento de cada um se proteger dentro das suas residências”, afirmou.
Outros municípios também registraram impactos consideráveis. Em Antônio Prado e Gentil, casas tiveram telhados arrancados e vias foram bloqueadas por árvores. Já em Farroupilha e Nova Pádua, famílias ficaram temporariamente desalojadas devido aos danos. Em Teutônia e São Vendelino, equipes atuaram na remoção de galhos e na liberação de vias, enquanto bairros de Estrela e Lajeado enfrentaram quedas de energia e danos estruturais.
A instabilidade deve continuar nos próximos dias. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta vermelho — o mais grave na escala — para grande parte do estado, indicando risco de chuvas acima de 100 milímetros por dia e rajadas de vento que podem ultrapassar 100 km/h. Há, ainda, possibilidade de tempestades com granizo, especialmente no Norte, Nordeste, Vales e Serra.
A Defesa Civil prevê novos acumulados expressivos de chuva na terça-feira (9), com até 120 milímetros em regiões como Sul, Costa Doce e Litoral Norte. Na quarta (10), o sistema se desloca para o oceano, mas ainda influencia o clima, mantendo o tempo instável. O ciclone associado ao evento deve perder força a partir de quinta-feira (11), embora rajadas de vento persistam em áreas do Litoral Norte e extremo Nordeste.
Equipes municipais e estaduais seguem mobilizadas para atender ocorrências e reduzir riscos à população. Moradores de áreas vulneráveis são orientados a buscar abrigo seguro e acompanhar novos alertas oficiais.
