
Um forte temporal acompanhado por granizo provocou destruição em Erechim, no Norte do Rio Grande do Sul, na tarde de domingo (23). Em cerca de 20 minutos, o fenômeno deixou mais de 150 pessoas feridas, danificou veículos, destelhou milhares de casas e afetou mais de 25 mil moradores. Diante do cenário, a prefeitura decretou situação de emergência.
Moradores relataram que a chuva de pedras começou repentinamente e com intensidade incomum. Na manhã seguinte, ruas estavam tomadas por veículos com vidros quebrados e latarias perfuradas, enquanto equipes buscavam dar suporte às famílias que tiveram telhados arrancados. “Foi fechar as portas e começou a descer pedra, pedra mesmo”, contou o morador Leomar Nardi, que teve o carro destruído.
Segundo autoridades municipais, a maior parte dos feridos foi atingida por estilhaços ou por partes dos telhados que desabaram. Uma pessoa permanece internada na UTI, em estado estável. A rede de saúde opera no limite, com o hospital lotado e atendimento reforçado pela abertura da Unidade de Pronto Atendimento.
O temporal também provocou falta de energia em algumas regiões e instabilidade em serviços de telefonia e internet. Para auxiliar a população, o governo estadual liberou R$ 1,5 milhão emergenciais para a compra de telhas, enquanto equipes da Defesa Civil ajudam no levantamento dos danos.
O impacto foi significativo em equipamentos públicos: 35 escolas e 12 unidades de saúde registraram estragos. Ao todo, 6,4 mil famílias foram afetadas e 12 pessoas estão desabrigadas.
De acordo com a Climatempo, o granizo se forma dentro de nuvens cumulonimbus, onde o gelo cresce até atingir peso suficiente para despencar em direção ao solo. Mesmo com parte derretendo na queda, as pedras ainda chegam ao chão com tamanhos expressivos, capazes de causar destruição em poucos minutos — como ocorreu em Erechim.
