
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, na tarde desta sexta-feira, o projeto de lei antifacção, principal aposta do Ministério da Justiça para enfraquecer o crime organizado no país.
A proposta, que será publicada em edição extra do Diário Oficial da União ainda hoje, será encaminhada à Câmara dos Deputados. O texto aumenta as penas para quem participar de organizações criminosas, passando dos atuais oito para até 20 anos de prisão.
Nos casos que envolvam uso de violência grave, a pena máxima pode chegar a 30 anos.
Entre os pontos centrais do projeto está a criação de mecanismos para asfixiar financeiramente as facções, incluindo a infiltração de policiais em empresas suspeitas de lavar dinheiro do crime.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que o projeto será tratado com prioridade para votação.
Polícia identifica 109 dos 117 mortos em megaoperação no Rio
Enquanto isso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro atualizou para 109 o número de suspeitos identificados entre os 117 mortos na megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão.
No início da tarde, haviam sido divulgados 99 nomes. Outras 10 identificações foram confirmadas no fim do dia, mas os nomes ainda não foram liberados oficialmente.
Segundo a Polícia, 54 dos mortos são de outros estados.
Durante a tarde, uma mulher morreu baleada na Linha Amarela, na zona norte do Rio, ao ser atingida por um disparo enquanto viajava em um carro por aplicativo. A troca de tiros entre criminosos provocou a interdição temporária de uma das principais vias expressas da cidade e deixou outras duas pessoas feridas.
