
A Petrobras recebeu do Ibama a licença de operação para perfurar um poço exploratório em águas profundas na Foz do Rio Amazonas, uma das novas fronteiras de petróleo e gás do país.
O bloco está localizado a cerca de 500 quilômetros da foz do rio e 175 quilômetros da costa do Amapá, em uma região de mar aberto. Segundo a estatal, a perfuração deve começar imediatamente e terá duração prevista de cinco meses. O objetivo é coletar informações geológicas e avaliar o potencial de exploração comercial de petróleo e gás na área.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou a autorização, afirmando que a exploração da chamada Margem Equatorial representa “o futuro da soberania energética do Brasil”.
No entanto, a licença provocou reação negativa de ambientalistas. O Observatório do Clima classificou a decisão como “desastrosa”, especialmente por ocorrer às vésperas da COP30, conferência do clima da ONU que será realizada em novembro, no Pará.
A organização anunciou que vai recorrer à Justiça, alegando ilegalidades no processo de licenciamento ambiental.