O peso da ilusão tricolor

Arthur deu o tom, mas o time seguiu desafinado. FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA


A derrota para o Mirassol na Arena foi mais uma atuação abaixo do esperado, que resultou na frustração de 45 mil torcedores. O “novo Grêmio” tão aguardado ficou apenas na teoria, já que, na prática, o desempenho não aparece. Quanto mais o time treina, menos evolução se vê. O ponto positivo foi a reestreia de Arthur, mas uma andorinha não faz verão: é preciso muito mais para que se enxergue um time realmente competitivo em campo.

Cuéllar e Arthur formaram um casamento para lá de esperado, mas a lua de mel não foi a tão sonhada pelo torcedor. O time até teve mais posse e criatividade na região, só que posse estéril não ganha jogo. O Tricolor rodava a bola de um lado para o outro sem qualquer progressão. Cristaldo foi nulo, o setor ofensivo inoperante, e o resultado foi um Grêmio incapaz de criar mais do que o Mirassol dentro da própria Arena. Com mais de 60% de posse de bola, a equipe de Mano mostrou que domínio sem objetividade não serve para nada.

Mano tem uma semana decisiva pela frente, com um Gre-Nal que pode definir seu futuro. Uma vitória pode até garantir a permanência, mas não apaga a falta de evolução do time. Se o clássico servir apenas para mascarar os problemas reais, o Grêmio continuará estagnado com ou sem Mano no comando.