
O torcedor gremista saiu satisfeito com o fechamento da janela de transferências: das oito contratações, seis chegam com status de titulares para o segundo semestre. No entanto, as dores de cabeça de Mano Menezes não cessaram. O departamento médico segue abarrotado e se tornou um capítulo à parte. O jogo que marca a reestreia de Arthur traria otimismo, mas, em vez de contar com todos, o técnico ganhou mais dois problemas: Marcos Rocha e Carlos Vinícius estão fora por desconforto muscular.
Visando o compromisso, é óbvio que o Mirassol não é um bicho de sete cabeças, mas trata-se de um elenco mais entrosado e com moral elevada na competição. O técnico gremista deve recorrer mais uma vez a Gustavo Martins na lateral direita e insistir em Braithwaite no ataque. No entanto, a ausência de Vinícius limita as opções ofensivas, e a defesa terá de lidar sem Marcos Rocha, que traz experiência e segurança pelo lado direito.
Não é o melhor Grêmio que se poderia imaginar, mas ainda assim é um time com qualidade suficiente para evoluir e mostrar futebol dentro de casa. A reestreia de Arthur permitirá que Gustavo Martins se destaque sem se expor tanto nas laterais, enquanto o meio-campo ganha criatividade e controle de jogo. A chave será como Mano vai equilibrar a equipe para não perder intensidade defensiva e, ao mesmo tempo, explorar a fragilidade do adversário nas transições.
No fim das contas, o torcedor vai lotar a Arena e quer ver um time competitivo e vitorioso dentro de campo. O resultado, embora importante, fica em segundo plano diante da necessidade de exibir organização, criatividade e determinação. O Grêmio precisa provar que, mesmo com limitações, consegue evoluir e buscar os três pontos com autoridade.