
O ataque colorado nesta temporada sempre foi alvo de críticas por parte da torcida. Valência, Borré e Ricardo Mathias não são os únicos responsáveis por colocar a bola na rede adversária, mas, até agora, a produção ofensiva deixou a desejar. Esta missão é rotina no CT do Parque Gigante, onde Roger Machado busca soluções para evoluir o setor ofensivo. Desta vez, o nome que ganha força para auxiliar é Vitinho, jogador que foi fundamental no Campeonato Gaúcho e que, agora mais ambientado e livre do departamento médico, pode contribuir de maneira diferente contra o Palmeiras.
É chover no molhado dizer que atacante vive de gols, mas nem sempre eles são os únicos responsáveis por balançar a rede. Tudo depende da mecânica de jogo e da fluidez das jogadas. Nesse contexto, os pontas colorados têm devendo tanto quanto os camisas 9: Wesley marcou apenas um gol, Carbonero já não é mais o mesmo, e Tabata nunca foi unanimidade no time. Por isso, Vitinho surge como opção promissora para trazer mais criatividade e efetividade ao ataque.
Com a saída de Wesley, a lacuna pelas beiradas ficou em aberto, e é por isso que o ex-jogador do Bragantino agrada tanto a Roger Machado. Vitinho é um ponta agressivo, que gosta de partir para cima dos adversários, levando perigo com velocidade e chutes de média distância — características que o diferenciam de seus concorrentes. Além disso, é um dos poucos que se sacrifica ajudando na marcação, algo que pode ser determinante para encarar o time de Abel Ferreira fora de casa.
O ponto crítico para o treinador é como integrar ele ao coletivo sem perder consistência defensiva. O Inter precisa de movimentos coordenados, triangulações rápidas e atenção às transições para transformar posse de bola em chances reais de gol. A velocidade e a agressividade de Vitinho podem abrir espaços e desconcertar a defesa adversária, mas dependerá de Roger ajustar a equipe para que o atacante tenha liberdade e apoio de seus companheiros.
No fim das contas, o comandante precisa encontrar soluções novas e implementar mudanças dentro de campo se quiser reencontrar o bom futebol e, principalmente, se quiser se manter no cargo. Vitinho chega com expectativa de ser uma válvula de escape ofensiva, mas o verdadeiro teste será se o Inter consegue transformar potencial individual em resultado coletivo.