Contratado como uma das principais potências ofensivas da história colorada, Enner Valência desembarcou em Porto Alegre com status de craque e a missão de rivalizar com Suárez no cenário gaúcho. No entanto, entre altos e baixos, o equatoriano jamais se tornou unanimidade entre os torcedores. Agora, chega ao fim de sua passagem com a possibilidade de sair sem deixar a torcida apreensiva quanto à sua reposição, um contraste marcante em relação às expectativas que cercaram sua chegada.
Semifinalista da Libertadores e Campeão Gaúcho: esses foram os principais feitos de Enner Valência em sua passagem por Porto Alegre. Ainda assim, dificilmente o torcedor colorado sentirá sua falta. A expectativa criada em torno do equatoriano foi muito maior do que o que ele conseguiu apresentar em campo. Sua fase artilheira e o poder de finalização duraram pouco no Rio Grande do Sul. Nos primeiros meses, chegou a corresponder, mas logo caiu de produção quando a parte física deixou de acompanhar a exigência.
Valência é, sem dúvidas, um bom jogador e representou uma contratação de peso, mas não tão pesada quanto foi “vendida” ao torcedor colorado. Criou-se a ilusão de que o equatoriano seria um dos grandes nomes do futebol europeu e que chegaria para dominar no Brasil. Isso nunca se comprovou. A cobrança sobre ele foi muito maior do que podia entregar, e no fim das contas, o Inter gastou energia e expectativa em um protagonista que nunca assumiu, de fato, esse papel.