
É inegável que no futebol o dinheiro sempre é bem-vindo e o Internacional, nesta temporada, precisa de novas receitas para cumprir as metas estipuladas no início do ano. A saída de Wesley dá fôlego financeiro ao clube, mas representa uma perda considerável dentro de campo. Mesmo com limitações e problemas na finalização, o atacante era um dos homens de confiança de Roger Machado. Agora, o treinador terá que apostar suas fichas em Carbonero, que até aqui não conseguiu repetir as boas atuações desde o Gauchão.
O torcedor é passional, e isso faz parte do futebol. Jogadores de alto rendimento vivem de cobranças, mas nem tudo se resume a uma só peça. O Colorado, como um todo, caiu de produção após o fim do Gauchão, e muitos acabaram direcionando a culpa para o jogador de beirada. Carbonero não chega nem perto do que apresentou no estadual, enquanto Vitinho nunca conseguiu se firmar como titular. O resultado é evidente: a velocidade e a boa parceria pelo lado esquerdo se perderam, deixando uma lacuna difícil de preencher.
Quem hoje não sente falta de Wesley ou acredita que sua saída já era hora provavelmente vai se arrepender até o fim da temporada. Ele pode não ter sido o jogador decisivo do Inter, mas era fundamental taticamente para o funcionamento ofensivo do time. O melhor Wesley é superior aos pontas que atualmente compõem o elenco colorado. O problema segue sendo a falta de paciência para atravessar fases ruins dentro de uma temporada. Esse ciclo já se repetiu com Pedro Henrique, Wanderson e outros nomes que oscilaram entre um ano muito bom e outro abaixo da média. A análise costuma ser imediatista, vende porque não vai render mais. O resultado é ver Wanderson hoje como titular incontestável do Cruzeiro. No caso de Wesley, a tendência é clara, o torcedor colorado ainda vai sentir falta do camisa 21.