O Grêmio tem enfrentado adversários fortes nas últimas temporadas. Já encarou a crise técnica, conviveu com a pressão da torcida e até driblou a queda de rendimento. Mas, há um rival que insiste em vencer todos os duelos contra o Tricolor: o tempo.
Pedido por treinadores. Rejeitado por torcedores. O tempo virou um inimigo silencioso que, curiosamente, piora o Grêmio em vez de ajudá-lo.
A história se repete. Em 2024, Renato pediu tempo para ajustar o elenco. Quinteros, no início de 2025, também usou o argumento da falta de semanas cheias. Agora, Mano Menezes entra no mesmo roteiro: mais treinos, menos futebol. Quanto mais a equipe treina, pior joga. A lógica se inverte.
É como se cada semana livre no calendário fosse um banho de água fria na esperança da torcida. O time volta travado, previsível, sem intensidade. A pausa deveria ser solução, mas se transforma em sentença.
A grande pergunta que fica é: por que o Grêmio regride quando tem tempo? O problema está na execução dos treinamentos? Na leitura de jogo dos técnicos? Ou seria um reflexo de um elenco que não assimila mais as ideias propostas?
A verdade é que o tempo, esse vilão disfarçado de oportunidade, tem feito mais mal do que bem ao Tricolor. E se ele continuar sendo mal aproveitado, não será apenas um inimigo, será o carrasco de mais uma temporada perdida.