
Chegou com status de estrela. Jovem, artilheiro no futebol uruguaio e com um alto investimento da direção gremista. Arezo desembarcou em Porto Alegre como uma grande aposta para resolver os problemas do ataque tricolor. A expectativa era alta — e justificável.
Mas pouco mais de um ano depois, o que se vê é uma relação cada vez mais desgastada. A sintonia entre jogador, torcida e direção parece quebrada. O que era esperança virou frustração.
Arezo deve sair. E o pior: pela porta dos fundos, sem deixar saudade. A permanência, hoje, soa como algo insustentável. E aí fica a pergunta: tem como continuar onde não se está feliz?
As conversas de Arezo com o Peñarol e o desejo do jogador de não atuar mais pelo Grêmio nesta temporada colocam a direção tricolor numa sinuca de bico: o que fazer? Manter um atleta insatisfeito no elenco ou aceitar um empréstimo e, possivelmente, amargar o prejuízo do alto investimento?
É nesse cenário delicado que se encontra o presidente Alberto Guerra. O momento exige firmeza. Se o jogador não está feliz, o caminho é claro: encontrar uma forma de colocá-lo no mercado e, ao menos, tentar recuperar parte do valor investido.
Está nítido que o urguaio não quer mais vestir a camisa do Grêmio. E o clube, por sua vez, não pode se dar ao luxo de segurar um ativo que não entrega retorno técnico nem financeiro. A decisão precisa ser tomada: chamar o empresário e ser direto — quer sair? Traga uma proposta que seja boa para o clube, e a porta estará aberta.
Não há espaço para jogador insatisfeito em um elenco que mira conquistas nesta temporada.