
O calendário está afunilando e a conta da parte física batendo na porta do técnico Roger Machado. O Inter usou força máxima em todo o Campeonato Gaúcho e, com isso, obteve o êxito de levantar o caneco. Entretanto, agora que os jogos começaram a acontecer toda quarta e domingo, as lesões estão aparecendo e o número de desfalques aumentando. Borré, Carbonero, Ricardo Mathias, Lucca e Vitinho são baixas confirmadas para encarar o Corinthians.
Era previsível que esse modelo não se sustentaria por muito tempo. O futebol brasileiro exige gestão de grupo e rodagem de elenco. O Gauchão, apesar de simbólico e importante, não pode ser tratado como obsessão a qualquer custo — principalmente quando o calendário nacional mal começou.
A comissão técnica sabia dos riscos. Insistir com titulares em jogos de menor intensidade física no estadual foi uma escolha que agora cobra seu preço. E o torcedor começa a se perguntar: valeu mesmo a pena? Porque, mesmo com apenas uma derrota no ano, o Inter começou a ser visado — os adversários já entenderam a forma como o time joga.
A vitória sobre o Maracanã no Beira-Rio veio por apenas um gol de diferença. O Colorado teve muito mais volume, mas pouca efetividade. Agora, Roger tem dois treinos para tentar surpreender o Corinthians e trazer mais três pontos no Brasileirão.
É a hora de mostrar quem é o Inter de Roger. E até onde esse time pode brigar.