A previsibilidade que ameaça o Inter

Colorado ficou no empate com o Nacional em casa. FOTO: Ricardo Duarte

O torcedor colorado passou por um turbilhão de emoções nos primeiros 90 minutos no Beira-Rio. O Inter decepcionou logo de cara: um apagão coletivo resultou numa dura derrota parcial por 3 a 1 ainda na primeira etapa para o Nacional — cenário que fez muitos torcedores deixarem o estádio antes do intervalo. Mas o futebol é imprevisível. Na volta para o segundo tempo, o mesmo time que foi vaiado começou a amassar o Nacional, dominou as ações e terminou a partida aplaudido. Uma virada emocional que só o futebol é capaz de proporcionar.

O empate em casa escancarou um problema que vem se repetindo: o Inter está em decadência tática. Os adversários aprenderam a neutralizar o time e explorar suas fragilidades. As costas de Bernabei viraram uma avenida, e Alan Patrick, sempre cercado, tem perdido o poder de criatividade. Falta variação, falta surpresa. Roger precisa encontrar alternativas para agredir os adversários — especialmente no Beira-Rio, onde o Inter tem obrigação de se impor.

O calendário começa a pesar, e o desgaste físico dos jogadores já se reflete em campo. Tanto que Roger optou por preservar alguns nomes contra o Juventude. O técnico também foi claro: ninguém tem cadeira cativa. Inclusive, Bruno Henrique pode estar perdendo espaço no meio-campo. Agora, Roger precisa provar que não é aquele “refrigerante 3 litros” que perde o gás com o tempo — como aconteceu em passagens anteriores. A missão é mostrar que amadureceu, que aprendeu com os erros. A torcida colorada ainda acredita. Está na hora de corresponder.