
O Grêmio mostrou no clássico Gre-Nal que voltou a ser competitivo — e que pode, sim, dar uma resposta ao seu torcedor. Aquele cenário de terra arrasada, com um elenco fragilizado, ficou para trás nos 90 minutos apresentados na Arena. Vimos um Grêmio com vontade de jogar e, principalmente, que duelou de igual para igual, sem permitir que o bom momento do adversário se sobressaísse.
Atletas como Villasanti — que vinha sendo contestado —, Jemerson e Dodi fizeram um clássico que encantou o torcedor. Vimos um meio de campo peleador, mas também com capacidade de construção. Dodi anulou Alan Patrick, e Villasanti voltou a ser aquele paraguaio que chegou a ser sondado pelo Palmeiras no início do ano. O Grêmio surpreendeu o Internacional enquanto teve fôlego para competir em alta intensidade.
Não é o melhor Grêmio da temporada, mas é um time completamente diferente daquele que vimos sob o comando de Quinteros. O elenco já não suportava mais o técnico argentino, e coube a James Freitas oferecer algo que faltava: carinho, explicações e ideias claras. Com uma proposta simples, o interino conseguiu facilitar o jogo e melhorar o desempenho do time na temporada. A expectativa por um futebol mais vistoso está posta — e, acima de tudo, o torcedor voltou.