Quinteros fora: os 3 erros que custaram o cargo

Treinador foi desligado após a derrota para o Mirassol. FOTO: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

A derrota vexatória para o Mirassol, no interior paulista, selou o destino de Gustavo Quinteros no comando técnico do Grêmio. Em 20 jogos à frente da equipe, o treinador argentino não resistiu à goleada por 4 a 1 e caiu.

Mais do que um resultado negativo, o placar escancarou um time sem alma, sem comando e completamente desconectado da proposta do técnico. O elenco já não comprava mais as ideias de Quinteros — e o torcedor, muito menos. A relação tornou-se insustentável.

Três pontos são fundamentais para entender a saída precoce do treinador:

1 – Um time sem competitividade

O Grêmio em 2024 nunca teve padrão de jogo. Faltou esquema definido, estratégia clara e, principalmente, vontade dentro de campo. O que se viu foi uma equipe bagunçada, com jogadores perdidos, sem saber o que fazer com a bola nos pés.

2 – Vestiário rachado

A gestão de grupo foi um fracasso. Nos bastidores, era claro: o elenco estava desgastado com o estilo de Quinteros. Cobranças excessivas, embates constantes e um clima pesado tornaram a convivência diária difícil. Parte dos jogadores já não acreditava mais nas ideias do treinador.

 3 – Torcida e direção: pressão insustentável

Se não fosse pela alta multa rescisória, Quinteros teria sido demitido há semanas. O fator financeiro pesou, mas os maus resultados intensificaram a pressão da torcida. A direção, por sua vez, já não via mais perspectivas de evolução — e agiu.

O Grêmio precisa mais do que um novo nome no comando técnico. Precisa de uma reconstrução interna, resgatar identidade e competitividade. O problema não é só o treinador que sai — é o que ficou depois dele.