
A operação da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ) revelou um alarmante esquema de venda de carne estragada que operava em todo o Brasil, a carne que ficou submersa por dias nas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, em maio do ano passado, foi comprada por cerca de R$ 0,97 por quilo.
As notas fiscais apreendidas pela polícia mostraram que a carne boa estava avaliada em R$ 5 milhões de reais. No entanto, o grupo comprou 800 toneladas de produtos por cerca de R$ 80 mil e vendeu a carne para outras empresas.
A empresa Tem Di Tudo Salvados arrematou aos 800 toneladas com o argumento de transformar o material estragado em ração para animais. Mas, a investigação mostrou que a carne foi maquiada e vendida como própria para consumo.
A empresa lucrou cerca de R$ 5 milhões com a venda da carne estragada. Os responsáveis podem enfrentar sérias consequências legais, incluindo acusações de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com abrangência em todo o país. A polícia continua a investigação para identificar outras empresas que possam ter adquirido a carne contaminada, destacando a urgência de medidas rigorosas para garantir a segurança alimentar e a saúde da população.
Quatro pessoas foram presas e a empresa Tem Di Tudo Salvados, de Três Rios, foi responsabilizada por práticas ilegais que colocaram em risco a saúde de milhares de consumidores. A operação aconteceu em conjunto com a Delegacia do Consumidor do Rio Grande do Sul, que investigava a situação desde maio do ano passado.