Representantes do Rio Grande do Sul visitaram nesta quarta-feira (20), na cidade de Tsukuba, no Japão, dois centros especializados em prevenção e mitigação de desastres naturais: o Instituto Nacional de Pesquisa para Ciências da Terra e Prevenção de Desastres Naturais (NIED) e o Centro Internacional de Gestão de Riscos Hídricos (ICHARM). A comitiva, que inclui o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Marcelo Arruda, buscou conhecer soluções tecnológicas e científicas para enfrentar eventos climáticos extremos.
No NIED, os gaúchos tiveram acesso a sistemas avançados de monitoramento e alerta precoce para desastres como terremotos, enchentes e deslizamentos de terra. Uma das atrações foi uma estrutura de alto investimento – cerca de R$ 370 milhões – usada para simular chuvas intensas e deslizamentos, ajudando a aprimorar estudos e estratégias preventivas.
Já no ICHARM, a gestão de riscos hídricos foi o destaque. Técnicas de modelagem hidrológica e ferramentas de previsão permitem identificar áreas de risco e planejar ações preventivas com antecedência. O centro compartilhou ainda exemplos de colaborações internacionais em projetos para melhorar a segurança hídrica.
Marcelo Arruda destacou a importância de adaptar essas práticas para o Rio Grande do Sul, que enfrentou enchentes severas em maio deste ano. “No Japão, os institutos trabalham com ciência e tecnologia para que o país esteja preparado para desastres. Eles integram dados sobre chuva, solo e infraestrutura para proteger vidas. Essas boas práticas podem inspirar ações no Brasil, especialmente no fortalecimento de parcerias com universidades e institutos científicos”, disse.
A comitiva gaúcha também explorou como o Japão utiliza a ciência para desenvolver padrões de construção e planejamento urbano que aumentam a resiliência a eventos climáticos e sísmicos. A missão busca fomentar a troca de conhecimentos e aprimorar a gestão de desastres no estado.